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A pandemia do Corona Vírus chegou como um tsunami, arrastando tudo no caminho, incluindo vidas preciosas. De forma vertiginosa, jogou na lama a renda das famílias, criando sérios problemas financeiros. Nesse sentido, o pior está por vir. Quando a pandemia passar e a onda desse tsunami retroceder, veremos o alcance do estrago causado pelo mesmo.
Problemas causados na edução
Desde já podemos notar um sério comprometimento na educação pública, onde muitas crianças ficaram de fora do ensiona a distância devido a exclusão digital. O despreparo da nossa rede pública de ensino é evidente. As escolas tiveram que se adaptar para lecionar via Google Classroom. Porém, esqueceram que as crianças não estavam preparadas, ou melhor, amparadas.
Muitas dessas crianças da rede pública sequer possui um equipamento em mãos para praticar os estudos. Muitos não possuem PC, notebook, tablet, smartphone ou mesmo um link fixo de Internet em casa. Então, como essas crianças estudariam? O resultado disso não poderia ser outro; não estão estudando.
Infelizmente nossas crianças sofrerão as consequências no futuro, pois perdem as aulas e/ou terão que refazê-las no próximo ano. De uma forma ou de outra, ou seja, com aprovação automática ou não, perderão um ano de suas vidas, e a cobrança cairá sobre elas em forma de “meritocracia”.
Como o país poderia se antecipar a tudo isso?
Um país como o nosso, rico e com tantos impostos, deveria ter uma rede de edução muito melhor do que a atual, mas não precisaríamos ir muito longe para nos preparar para uma situação como essa. Peguemos como exemplo o nosso vizinho, o Uruguai. Toda criança da rede pública recebe um tablet do governo. As lições são aplicadas via tablet, o que força as famílias a manter o tablet, e não vendê-los. É como um caderno para eles.
O governo também libera Wi-Fi gratúito em hotspots públicos para que as crianças possam estudar, caso não tenham link de Internet em casa.
A pandemia pouco os afetou, pois estavam 100% preparados.
A inclusão digital
A inclusão digital não é só um nome. É um grito da nossa sociedade que necessita de informação e acesso. O exemplo do Uruguai é ótimo e é perfeitamente aplicável para nós.
Ou seja, o primeiro passo seria a mudança do mindset dos nossos governantes, seguido de um plano de inclusão digital para as nossas crianças e melhor estrutura das salas de aulas, entre outros nessa linha.
Resumo
Sabemos que o governo não quer incluir pessoas no meio digital. Ao fazer isso, estarão criando pessoas informadas, e pessoas informadas reinvindicam direitos, fazem melhores escolhas, e isso o governo não quer.
A pandemia nos afetou, mas não deveria afetar nossas crianças. O despreparo, as ingerências, a negligência e o desrespeito com nossas crianças poderiam ser evitados, mas não o fizeram porque nunca quiseram fazer.